Boa tarde, boa segunda! Pra começar bem a semana, separamos alguns dos novos títulos que temos aqui na livraria.
Basta um, de Flora Nwapa
Publicado originalmente em 1981, este livro da nigeriana Flora Nwapa, uma das maiores expoentes da literatura africana moderna, é lançado no Brasil pela editora Roça Nova, e conta com a tradução de Lubi Prates e Ana Meira e o prefácio de Maria Carolina Casati. Ele conta a história de Amaka, uma mulher que procura viver o amor e sobretudo a maternidade segundo as suas próprias intenções e desejos. O livro explora uma temática de envergadura para a escrita de Nwapa: a de contar a mulher africana considerada não convencional, tendo a oralidade como forte marca textual — é Amaka quem toma as rédeas de sua narrativa, contando seus desafios e peripécias aos demais personagens do enredo e a nós.
Platero e eu, de Juan Ramón Jiménez
Platero y yo, do grande poeta Juan Ramón Jiménez (Prêmio Nobel de Literatura, 1956), é uma das obras-primas da literatura espanhola do século XX. Quando o livro foi publicado pela primeira vez, em 1914, a crítica na Espanha e na América espanhola o acolheu com entusiasmo. Trata-se de uma narrativa em prosa poética, na primeira pessoa, que acompanha de uma primavera a outra as andanças do poeta por Moguer, sua aldeia natal, na companhia do burrinho Platero, seu companheiro inseparável. Embora Platero e eu seja considerado com frequência um livro para crianças, na realidade é um compêndio das vivências poéticas de um adulto extremamente sensível, que não perdeu o contato com a pureza da infância e que exalta a vida acima do sofrimento, das misérias morais, das ruínas de um povoado. É, pois, um canto aos valores humanos, com confiança na redenção.
A família que devorou seus homens, de Dima Wannus
A família que devorou seus homens é um relato poderoso sobre os significados, as dimensões e as implicações da diáspora. Um livro sobre perdas, partidas e memórias; um retrato de família mergulhado em ternura e dor. Através do diálogo da narradora com a mãe e as memórias dessa mãe, o leitor vai conhecendo as histórias de uma família formada basicamente de mulheres. A autora síria, Dima Wannus, retrata essas mulheres e as reviravoltas na vida de cada uma numa linguagem concisa e luminosa, direta e muitas vezes cheia de humor. Com tradução de Safa Jubran e publicado este ano pela editora Tabla, esse também é o livro do clube de leitura da Ponta este mês — compre-o, leia-o e venha conversar conosco junto com uma taça de vinho!
Águas-vivas não tem ouvidos, de Adèle Rosenfeld
Louise F. habita uma margem invisível entre dois mundos. Surda oralizada, desde os cinco anos precisa preencher as lacunas provocadas por uma deficiência auditiva, atravessando o que descreve como “ondas movediças do silêncio”. Em Águas-vivas não têm ouvidos, os vestígios das palavras se transformam em presença, e da fantasia da protagonista emergem figuras que acompanham seus percalços para se ajustar às expectativas de um mundo que não a reconhece: um soldado inglês a ajuda a decifrar as palavras; um cachorro a segue para todos os cantos e uma botanista a auxilia na manutenção de um herbário sonoro. Neste romance repleto de humor e poesia, os leitores estão submersos na imaginação vívida de sua protagonista, guiados por uma escrita onírica e sensível em que os sons têm cores, o ato de comunicar torna-se uma investigação no estilo detetivesco e as palavras se materializam, ganham corpo e escapam em um ritmo próprio.
Vale o que tá escrito, de Dan
Na Brasília das casas geminadas, da terra vermelha e do asfalto quente, os vilões dos westerns tomam a forma de oficiais corruptos; os tiroteios aparecem primeiro nos videogames; os cavalos dão lugar ao Chevette; e o bairro vive sob o domínio silencioso do jogo do bicho. Em seu livro de estreia, Dan se apropria de elementos da cultura pop e da cultura popular para construir um romance sobre um dos pilares da identidade brasileira: a violência que rege todas as relações sociais.
Bruxas, Guerreiras, Deusas: as mulheres mais poderosas da mitologia, de Kate Hodges
Bruxas, Guerreiras, Deusas reúne as incríveis histórias de cinquenta mulheres lendárias, desde fadas feministas até vampiras sedutoras, passando por harpias e deusas protetoras do vudu. Elas derrubam estereótipos femininos protagonizando histórias que sobreviveram por milênios e se tornaram ícones muitas vezes rejeitados pela sociedade patriarcal. Entre elas estão: a introvertida e encantadora Circe, exilada e temida por seus poderes de transfiguração; as desafiantes e inabaláveis Fúrias, sempre na luta para que a justiça seja feita; a divertida Ame-no-Uzume, que faz os amigos darem risadas e assusta os monstros; as fatídicas Moiras, três irmãs que manipulam os intricados fios do nascimento, da vida e da morte. Kate Hodges destaca a atualidade dessas heroínas sob uma nova perspectiva da mitologia universal.
Além desses lançamentos, também chegaram todos os títulos do novo selo infantil da editora Nós, PequeNós!





Todos os títulos estão disponíveis na livraria e no nosso site da Ponta de Lança, que tem a opção de envio ou de buscar o livro direto na livraria mesmo!
Boa semana!